Newsletter Nº 1

Nº 1    01/03/2019

 Associação Mais Santarém – Intervenção Cívica

                  NEWSLETTER                  

 

Carta Aberta ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia

Publicada no Correio do Ribatejo de 22 de Fevereiro

 

Assunto: A nova Casa Mortuária

Exmo. Presidente da Junta da União de Freguesias de Santarém, senhor Carlos Marçal,

Em primeiro lugar quero manifestar-lhe a minha estima, respeito e até concordância com muitas decisões ou situações que têm sido implementadas na nossa freguesia. O senhor é uma pessoa experiente na vida e na política que, tanto quanto me é dado observar, tem procurado dar o seu melhor na gestão deste enorme aglomerado de pessoas e de problemas. Calculo que não seja fácil gerir toda essa imensidão de pequenos e grandes casos que diariamente lhe vão aparecendo, com os parcos recursos de que dispõe. Mas as situações tornam-se mais difíceis ainda quando o executivo camarário dá livre curso à sua imaginação e revela pouca competência para a gestão da coisa pública, anunciando investimentos e soluções que, no mínimo, reputo de extravagantes.

A última dessas extravagâncias foi a anunciada localização da nova Casa Mortuária e só quem não conhece nem pensa um rumo para a cidade pode ter tido ideia mais absurda.

O que eu peço, em nome de uma opinião generalizada e constatada, é que o senhor Presidente Carlos Marçal, homem da terra e bem conhecedor dos anseios e necessidades das pessoas que aqui vivem, se oponha como puder, a essa decisão do senhor Presidente da Câmara, de construir a morgue de Santarém no ex- Bairro 16 de Março (antigo Bairro Salazar e também conhecida zona da Rafôa).

Admito que o Dr. Ricardo Gonçalves não tenha o conhecimento mínimo do que se passa nos acessos àquele espaço, mas o senhor conhece e tem obrigação de se bater pela anulação desse desígnio. A falta de sagacidade por parte do executivo da Câmara, ou do seu Presidente, não pode vir a sujeitar uma cidade inteira a uma decisão que não tem nenhum suporte racional: dista cerca de três quilómetros do cemitério e do futuro crematório; os cortejos fúnebres terão que atravessar a cidade com todos os impactos que provocarão no trânsito automóvel e pedonal; a rua de acesso ao local já atualmente tem imensos problemas de trânsito que se agravam à noite devido ao estacionamento que muitas vezes dificulta a passagem de veículos ligeiros. Lembro que é durante a noite que os velórios são mais frequentados…

O senhor, como homem de diálogo e de bom senso, pode e deve consultar os seus fregueses e tomar nota do que eles pensam sobre este assunto. Também deve saber, ou pode confirmar, que existem terrenos e espaços devolutos junto ao cemitério, que têm perfeitas condições para albergar a Casa Mortuária e o Crematório. É uma questão de se falar com os seus proprietários e negociar ou expropriar.

Caro Presidente Carlos Marçal, considere este meu desabafo, sem outro fim que não seja o de contribuir para a discussão do tema, de modo a que se aguarde o tempo necessário para ser encontrada uma boa alternativa às Portas do Sol. Este sítio atual não é bom, mas o novo local anunciado é bem pior.

 

A sua contribuição para evitar mais este erro histórico, constituiria um excelente serviço prestado a Santarém.

Aceite os meus respeitosos cumprimentos de

Um cidadão inconformado

 

Armando Leal Rosa

Presidente da Direção da AMSIC (Associação Mais Santarém-Intervenção Cívica)

 

 

 

 

 

 Associação Mais Santarém – Intervenção Cívica

 

 

 

 

 

 

 

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