Projeto Tejo-Apresentação (NI)

 

Apresentação do Projeto Tejo

A Associação Mais Santarém-Intervenção Cívica (AMSIC) organizou, em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém, a apresentação pública do Projeto Tejo que, como pudemos constatar na passada quinta-feira, dia 10 de Maio, é um projeto com uma dimensão e impacto superiores aos do Alqueva e que pode vir a alterar a vivência das populações ribeirinhas do Tejo até Abrantes. É um projeto de iniciativa privada, mas que só o Estado terá capacidade para levar por diante. Apesar de se prever ser executado em trinta ou mais anos, o investimento de 4,5 mil milhões de Euros não está ao alcance dos privados, como foi dito pelos seus promotores.

O Presidente do IPS, Prof. Dr. Jorge Justino fez a primeira intervenção, seguido de Armando Rosa, Presidente da Direção da AMSIC, antes de se iniciar a apresentação do projeto pelos irmãos Manuel e Miguel Campilho e pelo especialista técnico Jorge Froes.

O auditório da ESAS ficou bem composto com muita gente interessada e, às muitas questões colocadas pelo público, os promotores responderam e esclareceram com a humildade de quem sabe, mas também de quem está consciente das dificuldades e objeções que serão encontradas no longo caminho a percorrer.
Intervenções muito interessantes e de qualidade que enalteceram o mérito do projeto e, algumas, puseram dúvidas sobre os impactos ambientais que pode provocar.

Mais uma excelente iniciativa da AMSIC de que se alhearam os autarcas da região, todos convidados e avisados da importância deste evento e do necessário apoio que um projeto desta envergadura deverá ter da parte dos eleitos regionais. Estiveram presentes três deputados municipais de Santarém (BE, CDS e Mais Santarém) e um vereador da oposição (PS), para além de dois presidentes de Câmara (Cartaxo e Alpiarça).

O QUE É O PROJETO TEJO?

Os seis açudes previstos com as respetivas eclusas e as passagens para os peixes migrantes, constituem a parcela mais pequena de todo o investimento, sendo os principais custos, os relacionados com o transporte da água, não só na lezíria, mas também, em fases diferentes, para as zonas do Oeste e de Setúbal. Os benefícios mais evidentes, para além do aumento substancial da área agrícola abrangida (300 mil hectares no total), estão relacionados com o aproveitamento do leito estabilizado do rio que irá proporcionar a sua navegabilidade, o seu aproveitamento turístico e desportivo e o estancamento da salinização das águas do rio na zona de Castanheira do Ribatejo, onde será construído o primeiro açude.

Santarém. 13 de Maio de 2018