Newsletter Nº6

Uma Casa Mortuária é um equipamento público que deve servir dignamente as populações de qualquer comunidade, bem como respeitar as convicções religiosas de todos os que se servem destes lugares para se despedirem pela última vez dos seus falecidos entes queridos. A AMSIC tem estado desde o início atenta a este processo de localização da nova morgue de santarém, empenhando-se, não só na contestação de  algumas decisões do executivo, promovendo uma Petição dirigida ao Presidente da Assembleia Municipal, mas também, em sede própria, sugerir locais possíveis para a sua localização após visitas e consultas a técnicos e gente abalizada para o efeito.

Apesar de todos os nossos esforços não foram conseguidos todos os objetivos iniciais que eram a de ser a sua construção próxima do atual cemitério. No entanto, e perante todas as pressões existentes, há o compromisso do executivo de, em dois ou três anos, instalar uma outra Casa Mortuária nas condições exigidas por todos, isto é, próximo do cemitério. Há também uma última informação dada pelo Presidente da Câmara que já teria sido adquirido um terreno que reúne as condições por nós propostas.

Perante os factos, foi enviada para os órgãos de comunicação social (OCS) regionais a seguinte Nota de Imprensa, a qual não se espera ter grande expressão publicada, face às tendências conhecidas e à falta de objetividade e imparcialidade politica da quase totalidade dos OCS da nossa praça. Mas não é por isso que deixaremos de tentar.

 

NOTA DE IMPRENSA

 Casa Mortuária em S. Pedro?!

 Veio em dezembro passado a público a decisão do Executivo Camarário de instalar a futura Casa Mortuária em S. Pedro, em terrenos anexos à capela recentemente demolida e que a Diocese pretende reconstruir.

Depois do anúncio pífio da sua instalação no Bairro 16 de Março que não foi avante devido à contestação pública generalizada, vem o Presidente brindar os seus munícipes com a nova localização que levanta ainda mais perplexidades. Para além dos inconvenientes da falta de espaço para estacionamento, temos a distância ao cemitério (cerca de 4Km), em que os cortejos fúnebres terão que percorrer as vias mais congestionadas, bem como o trajeto que é a principal entrada da cidade, atravessar oito cruzamentos com semáforos e ultrapassar as três rotundas mais movimentadas. Para não referir a pegada ecológica que representa todo este percurso.

Esta resolução demonstra, mais uma vez, o desrespeito que este executivo tem pelos cidadãos, continuando a tomar decisões que os afetam, sem ter em atenção qualquer estudo prévio sobre os seus impactos práticos que, neste caso, até serão mais negativos do que os previstos na primeira opção.

Depois de uma petição entregue na Assembleia Municipal e de um debate organizado pela AMSIC, com representantes de forças políticas, da Igreja, dos profissionais das agências funerárias, entre outros técnicos conceituados, ficou clara a rejeição generalizada da localização em S. Pedro e a exigência para que a localização fosse o mais próxima possível do cemitério.

O Presidente da Câmara tem referido que esta solução é uma forma de fazer face à urgência que há (subitamente agora) de desocupar a atual casa mortuária, dado estar para breve o início das obras na Av. 5 de Outubro e Largo da Alcáçova que inviabilizam a passagem dos cortejos fúnebres.  Afirmou, entretanto, em duas sessões sucessivas da Assembleia Municipal que será construída uma segunda casa mortuária na zona do atual cemitério, num prazo de 2/3 anos, tendo-se comprometido claramente com a implementação desta decisão.

Esta Associação espera que finalmente impere o bom senso nesta questão e que, seja como solução única ou não, a localização junto ao cemitério seja concretizada e que, de entre as sugestões já dadas sobre vários locais na zona ou outras possíveis, a Câmara escolha a que melhor sirva os cidadãos.

 

Santarém, 10 de Janeiro de 202